29 de jul. de 2011

Você realmente teve um encontro com Cristo?

Não há conversão sem mudança. Não é possível ter um encontro pessoal com Deus, e não mudar!


A língua humana é muito pobre para definir as realidades espirituais. Uma delas é a CONVERSÃO.

“Metanóia” é a palavra grega que procura explicar essa realidade. Seu significado mais correto é o de “mudança interior; mudança de rumo; mudança de opinião; arrependimento; meia volta”.

Mas no testemunho daqueles que se convertem, esta “metanóia” destaca-se muito mais como consequência, do que como se fora algo possível de se conseguir por meio de algum aprendizado. Sente-se que a conversão é muito mais o fruto do encontro da alma com a revelação pessoal de Deus.
A consequência desse encontro é que é uma mudança radical de vida... uma mudança interior... uma mudança de rumo... conversão.

CONVERSÃO é, pois a consequência de um encontro pessoal com Deus. Não há conversão sem mudança. Não é possível ter um encontro pessoal com Deus, e não mudar!

E é essa mudança que intriga muito os chamados cristãos nominais e as igrejas. Eles se sentem como se estivessem sendo acusados de não serem cristãos verdadeiros, principalmente aqueles que sempre viveram na igreja, e se sentem normalmente piedosos. Isso acontece porque, em razão das dificuldades linguísticas apontadas, surgem conceitos como o de Pusey, que diz que “conversão é a volta da alma a Deus, depois que ela se afastou d’Ele”.

É uma definição muito bonita, mas a palavra volta, tem levado muitas pessoas sinceras a entenderem por volta, como que uma espécie de processo de voltar... algo que se pode aprender, antes de experimentar... como que uma preparação para a conversão. E é aí que o encontro fica postergado.

Realmente, como em relação a qualquer encontro, pode, ou não, haver uma preparação para ele. Pode ser um encontro desejado, ou um encontro inesperado. Às vezes, DEUS vem ao nosso encontro de uma forma súbita; como que “arrombando” as portas do nosso “eu” e entrando em contato direto com a nossa alma. É a crise da conversão. Foi como ocorreu com Paulo, no caminho de Damasco. Ele caiu do cavalo! Outras vezes, é um encontro desejado, como foi o dos apóstolos, dentre os quais, o de Natanael, chamado por Filipe: “Vem, e vê” (Jo 1.46). Ele foi, viu, encontrou JESUS, e largou tudo para segui-Lo. Só existem essas duas formas de conversão! Não pode ser como alguém que marca um encontro com outra pessoa, num lugar qualquer, e começa a se preparar para o encontro: toma banho, perfuma-se, coloca uma roupa apropriada, penteia-se, etc..., mas não sai de casa...! Nunca haverá o encontro! A outra pessoa pode até vir à sua casa, e ficar pertinho dela. Mas, se a casa permanecer fechada, e a pessoa não sair dela, não poderá haver o encontro.

 Outra ideia singular para ilustrar um encontro com Deus é o da água-de-coco... do coco verde, dos nossos coqueirais. Essa imagem faz-me lembrar de João capítulo 7 e versículo 38 – “Quem crer em mim... do seu interior fluirão rios de água viva”. O encontro da conversão é um encontro de fé. E a fé é muito mais do que conhecimento intelectual. Você pode preparar o coco verde com todo carinho: limpá-lo, lavá-lo, escová-lo, dar-lhe brilho... mas se ele não for quebrado, jamais você beberá da sua água. Assim também acontece com o homem. A nossa casca material é muito dura. Ela é formada por diversos elementos: intelecto, orgulho, vaidade, condicionamentos familiares, sociais, psíquicos, religiosos, etc... Todos eles estão como no coco, aprisionando a nossa alma com DEUS. A casca tem que ser quebrada. Só então, a água fluirá!

Cristão nominal é aquele que, apesar da sinceridade dos seus sentimentos, passa a vida inteira apenas dando brilho no coco... Arrumando, preparando, e embelezando a casca. Por isso, temos visto, neste século XXI, tantas pseudo-conversões, ou conversões sem frutos. Igrejas cheias de “membros”, mas vazias de discípulos de CRISTO. É preciso que nos convertamos diariamente. E arrependimento e oração também são fundamentais.

Foi neste ponto que Marx errou. Fé não é um salto no escuro, mas é um salto do escuro... da cegueira espiritual da nossa casca material, para a maravilhosa Luz de CRISTO. Só depois é que vem o aprendizado. Primeiro, o encontro tem que ser experimentado. O aprendizado sem DEUS é mera intelectualidade. Mas aprendizado com JESUS é edificação espiritual.

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á, porque aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, se abre” (Mt 7.7-8).

Abra-se você também a este encontro decisivo! HOJE PODE SER O DIA QUE IRÁ TRANSFORMAR A SUA VIDA. AMÉM!

CARDOSO, Marcelo Augusto Limoeiro. Encontros de Poder, Editora A. D. Santos, 1996.