26 de out. de 2011

Os inimigos da cruz de Cristo

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"Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu vos dizia e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia; visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória..." (Fil.3.18-21).

Cruz é renúncia, é entrega, é perda, é humilhação, é morte. Disse Jesus: "Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.". (Lc.9.23-24). Se não estivermos dispostos a perder nada pelo evangelho e ainda quisermos fazer dele uma ferramenta para o enriquecimento material, estaremos desvirtuando sua essência e negando a cruz.

Corremos o risco de colocar o ser humano como o centro do cristianismo, como se este existisse para atender a todos os nossos desejos terrenos. Desse modo, muitas pessoas estão nas igrejas com a expectativa de que Deus resolva todos os problemas delas e vêem nele apenas um solucionador de problemas e não um Senhor.

"Buscai primeiro o Reino de Deus." (Mt.6.33a). Muitos precisam corrigir a orientação de sua busca ao Senhor. Precisamos buscá-lo, primeiramente, para sabermos a sua vontade para nós, e não para fazê-lo conhecer a nossa vontade. Precisamos perguntá-lo sobre o que devemos fazer para ele antes de apresentar o que queremos que ele faça para nós. Nós é que somos os servos. Ele é o Senhor.

Além disso, precisamos colocar os valores espirituais acima dos valores terrenos. Em sua oração pelos filipenses, Paulo pede que eles tenham amor, conhecimento, discernimento e fruto de justiça para a glória de Deus (Fil.1.9-11). São valores espirituais, os quais devem ser enfatizados, acima das nossas ambições materiais.

Colocando cada coisa no seu devido lugar e nível de importância, entenderemos a disposição de Paulo até para sofrer e morrer pelo evangelho. Em algum tempo da nossa vida podemos estar vivendo na abundância. Em outro tempo podemos estar sofrendo privações sem que isso signifique pecado nem fracasso espiritual. O cristão pode ser rico (II Tm.6.17-19) e pode ser pobre (II Cor.8.1-2; Fil.4.11). O que não se pode é vincular o evangelho à riqueza material. Afinal, Jesus disse que os ricos dificilmente se salvarão. E Paulo acrescentou que os que querem ser ricos caem em muitas tentações. (Lc.18.24; II Tm.6.9-10).

Por Anísio Renato de Andrade, via Santovivo.net

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