21 de out. de 2011

Se ele é justo, por que temer que ele castigue as criaturas que ele encheu de fraquezas?

justo

Continuação das perguntas feitas no livro ‘The necessity of atheism’, de Percy Bysshe Shelley.  Leia as Partes [01] [02] [03]

Pergunta: Se ele é justo, por que temer que ele castigue as criaturas que ele encheu de fraquezas?

Deus criou o homem perfeito. Ele não nos fez cheio de fraquezas, como descabidamente a frase acima incita. No momento em que o primeiro homem pecou, a culpa do pecado já caiu sobre ele, mesmo antes de Deus ter ‘multiplicado as dores do parto da mulher’ ou ainda ‘aumentado a dificuldade de conseguir o próprio pão’. O medo começou no exato momento em que Adão desobedeceu; decaiu do patamar de perfeição, e era impossível voltar a ele. Após isto, cada um de nós nasceu com esta ‘capacidade’ de pecar; e é o que de fato fazemos, com nossas próprias forças.

Talvez a pergunta correta que deveria ser feita neste caso seria: Se Ele é justo, porque se importou em prover uma salvação da morte eterna ao invés de nos deixar seguir nosso próprio caminho em direção à destruição? Se Ele é justo, porque entregou Seu próprio Filho à morte ao invés de deixar que nós perecêssemos? Este é o pecado sem perdão: ouvir a Verdade e a desprezar. Recusar tamanha obra de amor. Uma das profecias mais marcantes sobre Cristo está no livro de Isaías, que fala sobre Aquele pelo qual nossos pecados foram perdoados: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:5), porque “todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho (Is 53:6)”. Entretanto, “o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos“.

E ainda hoje há muitos que, quando ouvem falar de Jesus, o desprezam,e não fazem dele caso algum (Is. 53.3). Não é só o pecado que cometemos todos os dias que será punido, mas este pecado maior: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?” (Heb 2:3-4) Não é à toa que o escritor de Hebreus expressou: “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Heb 10:29).

Deus sabe que somos cheios de fraquezas, incapazes de fazer o bem. Nunca alcancaremos a Deus por mérito próprio. Mas “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). “Quem crer e for batizado será salvo” (Mar 16:16). “E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22:17).

Esta série continua.

Por: Leandro Teixeira, via NAPEC

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